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A tecnologia e as metodologias ativas ao serviço da inclusão

Conversas de Fim de Tarde na Educom – 1ª sessão – 18.outubro.2023

Intervenção do Prof. Nuno Martins, docente de Inglês no AE D. José I, Vila Real de Santo António.

A tecnologia é, na opinião de muitos, fator de desigualdade em sala de aula. Quer seja pela forma como a mesma é integrada nas atividades, quer pelo desconhecimento da utilização pedagógica e otimizada por parte do docente. Se assumirmos que a tecnologia como a utilização de aplicações e do próprio computador com acesso à Internet, então ela é um bem valioso se for bem integrada e ainda mais se for parte de uma metodologia ativa como é a Gamificação.

Juntar no ambiente educativo aspetos relacionados com a mecânica dos jogos, criando ambientes de aprendizagem aparentemente lúdicos, traduz-se em alunos integrados e motivados. Quem não quer alunos a realizar as tarefas sem se darem conta de que o estão a fazer, apreendendo não só as competências das diferentes disciplinas, mas também, e quiçá muito mais importante, desenvolvendo competências sociais.

A Gamificação surge nesta equação como potenciador das competências sociais, desenvolvendo atividades colaborativas e cooperativas, integrando todos os alunos com as mais diversas formas de estar e de aprender, construindo um ambiente de aprendizagem saudável com alunos comprometidos e empenhados. Não devemos temer a utilização da tecnologia. Temos, sim, que saber integrá-la e torná-la parte do nosso dia-a-dia como um fator potenciador da aprendizagem dos nossos alunos.

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Superar barreiras com as TIC: papel dos CRTIC

Conversas de Fim de Tarde na Educom – 1ª sessão – 18.outubro.2023

Intervenção da Prof.ª Adalgisa Babo, Diretora do Centro de Formação Pin ANDEE, Associação PRÓ-INCLUSÃO

Os centros de recursos de tecnologias de informação e comunicação (CRTIC) são recursos organizacionais específicos de apoio à aprendizagem e à inclusão e têm como missão apoiar as escolas na promoção do sucesso educativo dos alunos sempre que sejam necessários produtos de apoio.

A utilização de produtos de apoio em contexto escolar constitui-se como um fator determinante para a inclusão e o sucesso educativo, permitindo minimizar ou eliminar barreiras no que respeita ao acesso ao currículo e à participação na vida escolar.

Para muitos alunos, os produtos de apoio são essenciais para ler, escrever ou comunicar.

Reconhecendo a importância dos produtos de apoio (PA) como mais um pilar na construção da escola inclusiva e a necessidade de uma intervenção atempada próxima da realidade dos alunos, foi criada no ano letivo de 2007/2008 uma rede de centros de recursos TIC.

A rede é constituída por 25 Centros de Recursos sedeados em Agrupamentos de Escolas e cobre todo o Portugal continental, estando distribuídos pelas 5 regiões educativas: 7 Centros na Zona Norte, 6 na Zona Centro, 7 na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 4 na zona do Alentejo e 1 na zona do Algarve.

A equipa dos CRTIC, em articulação com as escolas, trabalha para que os alunos que usam PA alcancem todo o seu potencial através da avaliação das barreiras de acesso ao currículo, da prescrição dos PA mais adequados à aprendizagem e participação, da formação dos alunos e dos profissionais e familiares que com eles interagem, do acompanhamento no desenho de materiais acessíveis e na implementação dos equipamentos na escola, da partilha de informação atualizada no âmbito dos PA e da revisão periódica das soluções propostas.

Os centros de recursos de tecnologias de informação e comunicação (CRTIC) constituem a rede nacional de centros prescritores de produtos de apoio do Ministério da Educação, no âmbito do Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio (SAPA), nos termos estabelecidos no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 93/2009, de 16 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 42/2011, de 23 de março.

O processo de financiamento e atribuição de produtos de apoio, da esfera de competências da Direção-Geral da Educação, é composto por três fases que integram um conjunto específico de procedimentos: Prescrição, Validação, Atribuição e aquisição dos produtos de apoio.

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TIC na educação e desenvolvimento de pessoas com deficiência visual

Conversas de Fim de Tarde na Educom – 1ª sessão – 18.outubro.2023

Intervenção da Dr.ª Madalena Ribeiro, consultora de TIC e Braille na empresa Megapontes.

legenda

A deficiência visual poderá significar impedimento de uma plena inclusão/integração social. Esta “limitação” pode começar logo na escola. De que forma poderemos contrariar esta condição, aparentemente inerente ao nascimento/diagnóstico de deficiência visual?

Nesta intervenção, apresentaram-se exemplos positivos e demonstrativos de como uma pessoa com uma suposta limitação pode contorná-la e superá-la, tornando-se um cidadão de pleno direito e, sobretudo, de pleno dever perante a sociedade em que se insere. Graças ao Braille, única forma de alfabetização de pessoas com cegueira ou perda severa de visão, bem como às novas tecnologias, uma pessoa impedida de ver da forma comum, pode alcançar objetivos de vida, quer ao nível educativo, quer profissional e, sobretudo, social.

Como um computador e um simples smartphone podem tornar-se os melhores amigos de uma pessoa com cegueira ou baixa visão? Auxiliam nas tarefas mais comuns, permitem ler documentação escrita a tinta, permitem aceder a informação de forma rápida, fácil e eficiente, permitem acesso idêntico a conhecimento e ferramentas essenciais ao desenvolvimento de um ser humano.

Em suma, aquilo que, para uns, pode ser uma diversão ou uma ferramenta lúdica, para outros, pode tornar-se essencial à sua vida independente, autónoma e inclusiva.

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